Série Jasc: O idealizador

Série Jasc: O idealizador

Arthur Schlösser: o homem que acendeu a chama do esporte catarinense

Na série especial sobre os 65 anos dos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc), chega o momento de olhar para o homem por trás do sonho. O visionário que acreditou que Brusque poderia ser o berço de uma das maiores competições poliesportivas do Brasil: Arthur Schlösser.

Muito além de presidente do Bandeirante, Arthur foi um apaixonado pelo esporte e pela sua cidade. Nos anos 1950, usou recursos próprios para levar equipes brusquenses até os Jogos Abertos do Interior de São Paulo. Sua missão era clara: aprender, observar e trazer para Santa Catarina uma competição que unisse atletas, municípios e histórias.

Ao lado de Arthur, um nome também se tornou indispensável nessa trajetória: Rubens Facchini, seu braço direito na criação dos Jogos. Juntos, formaram uma dupla movida por entusiasmo, coragem e uma visão rara para a época. 

Foi com essa motivação que os idealizadores percorreram o Estado convidando prefeitos, estruturaram equipes e organizaram uma logística que parecia impossível. A meta era simples e, ao mesmo tempo, grandiosa: reunir o Estado inteiro em torno do esporte. O resultado foi histórico: em agosto de 1960, a primeira edição dos Jasc nasceu no Bandeirante.

E assim, Brusque se tornou o ponto de partida de uma história que inspirou não apenas Santa Catarina, mas também outros estados brasileiros, como São Paulo, que mais tarde adotou o mesmo formato dos Jasc.

Arthur sonhou com mil atletas. Hoje, só nas finais, os Jasc reúnem mais de sete mil. Seu legado está presente na chama simbólica que segue acesa a cada edição, no espírito de união entre cidades e no orgulho que move gerações.

Hoje, mais de seis décadas depois, o legado dos dois se mantém vivo. A chama acesa segue simbolizando o compromisso com o esporte, o espírito coletivo e a crença de que grandes sonhos nascem quando há propósito e dedicação.