História

História

Como e quem originou a Sociedade Esportiva Bandeirante?

No dia 16 de Junho de 1900, a estrela do esporte na cidade de Brusque passou a brilhar com mais força. Essa fortaleza do esporte nasceu, cresceu, desenvolveu-se, projetou-se e atingiu sua maioridade fruto do labor de seus atletas, dirigentes e funcionários, conquistando mares nunca navegados pelo esporte do “berço da fiação catarinense”.

Surgia a Sociedade Esportiva Bandeirante, por meio da denominação inicial Turnverein Brusque, dada por seus 14 idealizadores e que traduzida para o português significa associação de ginastas. Por esse motivo, o Clube também era conhecido por Sociedade Ginástica, hoje potência esportiva fulgurante. A  mudança de nome, de Turnverein para Bandeirante, determinou a conclusão de um estágio e início de outro, sempre em busca do progresso, porém, a ideia original jamais foi podada ou desprezada. 


A Ata de fundação dizia o seguinte: "Reuniram-se, no dia de hoje, em casa de Christian Becker, um punhado de moços brusquenses, com finalidade de fundarem uma sociedade esportiva. A assembleia, solicitando aos senhores mais idosos, Eduard Von Buettner e Wilhelm Strecker, de assumirem o cargo de presidente e secretário, respectivamente é atendida. O quadro ativo é formado pelos senhores Jacob Frank, 1º instrutor, Augusto Luebke; tesoureiro, Otto Krieger; 2º secretário, Franz Haerbe; 2º instrutor, Arthur Von Buettner; zelador, Augusto Bruns Carl Gracher, Carl Appel, Ernest Goemann, Siegried Pieper, Oswald Von Buettner e Primo Diegoli. Não havendo outros assuntos a tratar, o presidente declara por encerrada a sessão. Assinado: Willhelm Strecker, 1º secretário".

Nesta ata culminou com o nascimento da Sociedade Esportiva Bandeirante, sendo seu primeiro presidente Eduardo Von Buettner. Fundado o novo Clube, a sua primeira sede social foi na residência de Christian Becker. Existia uma cancha de bolão e suco de centeio das cervejarias brusquenses, entre elas, a Lauritzen.


Bailes no Bandeirante, uma tradição
Criando raízes na sociedade brusquense, o Bandeirante passou a incluir o baile de setembro em seu calendário social, que originalmente serviu para comemorar a nova e atual sede social, no Salão do Senhor Friedrich Petruzki.

Em setembro de 1914, o presidente Otto Grubber e seus pares de diretoria deliberaram sobre o ingresso cobrado no bailes que cavalheiros pagariam 1 p$00 e damas 200 réis.

Não é a toa que hoje em dia todos os bailes realizados no clube são tradicionalistas e de sucesso. Já em seu primeiro baile a diretoria assinalava com orgulho a receita liquida de 35$000. Esse valor com um extra de 14$900, extraídos dos cofres da sociedade, foram entregues a entidade filantrópica benemerente “Cruz Vermelha”.

Guerra prejudica a evolução do clube
Em outubro de 1917, o Brasil declara guerra contra a Alemanha. O clube, cumprindo as leis nacionais, fecha temporariamente suas portas, para evitar incidentes desagradáveis no seio da comunidade brusquense.

Foram em sua maioria, descendentes de alemães, que fundaram a sociedade. Isto poderia causar discordâncias na época, mas felizmente não foi o que ocorreu, afinal a arte do esporte não é uma conquista de apenas uma nação, mais toda a humanidade.

Em seu quadro associativo, evidentemente cada membro falava a língua que por herança lhe foi legada, Porém, esta constatação não era suficiente para derrubar a amizade reinante entre os integrantes do Bandeirante.

A harmonia, preservando aqueles de bom caráter sempre foi e ainda é primordial ao clube. A diretoria agia rigorosamente para manter a ordem. No entanto, constam em suas atas, diversos sócios expulsos por mau comportamento, alguns vingativos.

Pós-guerra e início de um sonho
Em 1919, após o fim da Guerra, a comissão volta seus esforços para a compra de um terreno. Após varias consultas formaliza-se a compra de um terreno de 100 por 150 metros, por 2.000$000, sendo parte das terras pertencente a viúva Heinrich Hoffmann, em maio de 1920.

Assegurada o turno, a comissão resolve envidar esforços na construção da sede social, orçada em 16.000$000.

Ficam a disposição da comissão, todas as reservas financeiras da S.E Bandeirante e mais um valor extra resultante da venda de ações a razão de 15$000 cada. Recurso autorizado pela diretoria.

Festejos da inauguração da nova Sede
No dia 5 de junho de 1921, a S.E.Bandeirante entregava a população local, sua nova sede social. Festa prestigiada por entidades esportivas do Vale do Itajaí tanto quanto brusquenses, que mostravam espírito de confraternização.

Méritos destacados aos senhores componentes da diretoria entre quais, Otto Renaux (presidente), Herman Appel (1 Secretário) e Adolf Schloesser (tesoureiro), além de arquivos membros da comissão de obras.

O despertar do futebol
Em 1923, o clube viveu neste ano, um fato ainda novo que despertava o interesse da cidade. Pessoas não inscritas no quadro social subiam a colina, se dirigiam ao recinto da sede, para apreciar o campo de futebol, um centro de atenção para os amantes do esporte.
No fim do ano de 1923, o clube desfrutando de uma situação invejável no cenário do desporto catarinense, é firmado um contrato com Sport Club Brusquense, hoje Clube Atlético Renaux.
Resumindo o futebol virou um dos carros fortes e trouxe consequências benéficas para o bandeirante diante da sociedade e seus associados.

Segunda Guerra Mundial e o fantasma da Quinta Coluna
Em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial, o governo norte americano assombrou o planeta com suas armas inventadas por técnicas modernas. Contudo, os americanos usaram de outros artifícios que prejudicaram sensivelmente a ordem social das nações sul americanas, entre elas o Brasil.

Quinta Coluna é aquela que age em favor de um país em detrimento daquele que o abriga, ou seja, um traidor.

Para surpresa geral, o “fantasma da Quinta Coluna” apareceu em Brusque, precisamente no campo de futebol da S.E.Bandeirante, jogando “Hand-Ball”.

Uma busca efetuada pela policia acabou tendo, como desastrosa o fechamento da Sociedade Esportiva Bandeirante.
Entretanto, não sendo encontrada nenhuma pista do “fantasma da quinta coluna” na sede do Bandeirante, após muito esforço da diretoria, o clube reabriu as portas.

Fim da Guerra: a vez do esporte
A temporada de 1946 foi marcada por intensas atividades para as equipes do Bandeirante em diversas modalidades.

O esporte voltava à vitrine, após o término da Segunda Guerra Mundial. Para várias competições de basquete, atletismo, vôlei, handebol de campo e ginástica, os atletas do Grêmio da Colina foram convidados e sempre marcando presença positiva, deixavam assim uma boa marca do esporte brusquense em outras plagas.

Muda-se de denominação
Após a Segunda Guerra Mundial, dirigentes do clube consideravam que uma nova era se descortinava. Para marcar essa época foi sugerida por dirigentes da época a mudança desse nome.

Diversas opiniões foram dadas para mudar o nome de Turn-Verein. Certo dia ,reuniu-se o professor de histórias Arno Ristow e o desportista Ernesto Guilherme Hoffmann.

Neste encontro, finalmente, foi alterado para Sociedade Esportiva Bandeirante, homenagem dada aos Bandeirantes pioneiros e desbravadores destaca Willy Hoffmann, como era conhecido Ernesto Guilherme Hoffmann.

Willy Hoffmann, a propósito, relembra passagens históricas do Bandeirante. Destaca ele com muito orgulho. “Naquela época fazíamos tudo no peito e na raça, seja como atleta que comprava seu próprio material esportivo ou como colaborador do clube, como quando aproveitávamos as noites após aulas ou trabalhos para, por exemplo, cavar o terreno que seria hoje a nova cancha de vôlei e basquete”.

50 anos de Bandeirante
Dentre tudo o que foi passado eram vários os motivos para comemorar cinco dezenas de vida esportiva e social.

Para tal, a diretoria resolveu promover um mega evento que seria realizado nos dias 9,10 e 11 de junho. Evento que foi um sucesso e parou a cidade de Brusque por três dias.

Em paralelo a isso, a Sociedade Esportiva Bandeirante anunciou o lançamento do hino oficial do clube.

Hino Oficial do Clube
Vem ginasta, leal companheiro,
Nas fileiras gloriosas formar!
Bem unidos, coesos e fortes,
Nossos hinos irão cantar. Hip-Hip!

Altaneiros Bandeirantes
Fonte erguida, alma leal,
Eia! Avante a marchar triunfantes
Em conquista d`um nobre ideal!

Os fanais que acesos na Olímpia
Iluminam com eterno fulgor
O caminho as nossas falanges
Dedicados ao esporte com amor! Hip hip

Sem Inveja, cobiça e ódio
Formaremos nos campos a lutar
Um troféu tão somente, o louro
Da vitória nos há de hornar, hip hip.
Letra: Leopaldo Germer / Música: Aldo Krieger


Jogos Abertos de São Paulo
A cidade de Brusque foi convidada oficialmente a participar dos Jogos Abertos de São Paulo, e prontamente as equipes do SEB partiram para o desafio e com uma comitiva para o intercâmbio com intuito de buscar informações para concretizar os JASC (Jogos Abertos de Santa Catarina). Participaram em 1957, em São Carlos, 1958 em Piracicaba e 1959 em Santo André.

JASC (Jogos Abertos de Santa Catarina)
Em 1960, por meio de seu principal fundador Arthur Schlosser, o JASC nasce no estado de Santa Catarina nas dependências do SEB. Considerada a segunda maior competição poliesportiva do país, atrás somente dos Jogos Abertos do Interior de SP. Considerada o principal evento do desporto amador catarinense.
A competição ainda retornaria para a cidade de Brusque em 1965, 1985, 2000 e 2010.

Baile de Debutantes
No ano de 1970 foi implantado o baile oficial de debutantes, promovido em parceria com a Prefeitura Municipal de Brusque.

Há males que vem para bem
O jovem presidente com 28 anos de idade, Nivaldo Diegoli, assumiu o SEB com a situação financeira comprometida, com dívidas da Celesc (energia) e na Caixa Econômica Federal (telhado do ginásio).
Ainda em seu mandato, com a doação de tijolos de vários associados foi construída a primeira portaria no clube. O número de associados cresceu rapidamente de 150 para 650 associados.

Sauna
Em 11 de setembro de 1976, foi inaugurada a sauna do SEB, na gestão do Venício Barbosa.

Sede Social (Arthur Schlosser)
Em 1979 foi demolida a antiga sede social, após aprovação da construção da nova sede social.

Livro de Ouro
A campanha em busca de recursos para a construção da nova sede social foi denominada Livro de Ouro e contou com a colaboração de vários nomes de associados e empresas da região.
A lista concretizou o sonho da nova sede social no dia 28 de novembro de 1980. Estava de pé o Salão Social Arthur Schlosser.

Reforma das Piscinas
Em 1985, na gestão do S. Emílio Luiz Niebuhr  foi inaugurada as novas instalações das piscinas, sucesso comprovado pela adesão dos associados.

Sede Esportiva (Manfredo Hoffmann)
Em 1992 foi inaugurada a sede esportiva do tênis. Neste ano também foi iniciada a obra dos campos de futebol e inaugurada a galeria de troféus no ginásio.

Sede de Jogos (Waldemar Schlosser)
O mandato de Aliomar Luciano dos Santos (1994/1996), foi marcado pela inauguração da Sede de Jogos (1993).

Terreno da Cia. Industrial Schlosser
A área de 51 mil m2, ao lado da bocha, foi adquirida no ano de 1996.


Centenário
Com um quadro associativo de 1.300 associados o SEB comemorou o seu centenário com louvor. Uma historia que marca os acontecimentos esportivos e sociais da comunidade catarinense.

Renovação - Plano de Revitalização
Em 2009, o SEB implantou um plano de ações para buscar inovações no mercado clubistico. Baseado em um diagnóstico de posicionamento, um novo modelo de gestão foi implantado, para auxiliar no planejamento e formatação dos serviços oferecidos.